Velocidade de Crescimento da Cauda nos Canários

Revista SPCO
Arquivo editado em 29/04/2005

Danificações na cauda, do tipo picoteamento ou mesmo arrancamento total são comuns no perÃodo de crescimento e desenvolvimento dos filhotes, apesar da utilização de diversos procedimentos preventivos.
Danificações ou ausência de quatro ou mais penas desclassificam o pássaro, e no caso a substituição por novas penas torna-se necessário, É comum o arrancamento intencional de penas da cauda em raças onde busca-se aumentar o tamanho dos pássaros, pois observa-se que o comprimento das novas penas aumentam, porém em raças de pequeno porte esta condição não é desejável, podendo fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Partindo do pressuposto da necessidade do arrancamento das penas, faz-se o seguinte questionamento:
Qual o momento adequado que antecede o julgamento para que as penas sejam arrancadas afim de que se apresentem com um tamanho satisfatório nesta ocasião?
Qual a velocidade de crescimento e o referido tamanho máximo aumentado?
METODOLOGIA E DADOS:
Afim de responder as questões formuladas foram utilizados 6 pássaros (Fiorino e Gloster) com a muda completa e supostamente com a cauda em tamanho limite. Após a extração de todas as penas, a cada 5 dias, a maior pena em tamanho foi retirada e medida em toda sua extensão, procedimento adotado até o momento em que deixassem de crescer. Os dados obtidos no experimento encontram-se na tabela abaixo:
CONCLUSÕES:
Os pássaros escolhidos apresentaram uma amplitude de 0,9cm entre a menor e maior cauda, o que permite-se afirmar que a amostragem foi caracterizada pela diversidade do tamanho.
Outro ponto observado é que o crescimento não é proporcional à passagem do tempo, ocorrendo uma velocidade maior até o 20° dia, decaindo exponencialmente até o 35° Dia (valor médio máximo), não alterando-se por ocasião da medição obtida no 40° dia, quando o experimento foi encerrado.
Ao final do 5° dia as penas não haviam aflorado, e por ocasião do 10° dia observou-se canudos ainda encobertos pelas asas; no 15° dia já podiam ser avistadas no prolongamento das pontas das asas.
No 20° dia apresentaram em média 1,3 cm menores que o tamanho inicial, porém ligeiramente abertas em suas extremidades, não harmônicas com o conjunto.
No 25° dia apresentaram valor próximo do tamanho inicial, visualmente interessantes, dando aos pássaros uma corporeidade compacta e harmônica.
No 30° dia, foi obtida uma média de 0,5 cm superior à média inicial, estabilizando-se a partir do 35° dia, com acréscimo médio de 0,8cm em relação ao inÃcio.